sábado, 25 de outubro de 2008

Perseguição?

Não bastasse a pressão pelo fim do diploma, agora os jornalistas se vêem diante de mais uma polêmica. O Ministério da Educação (MEC) pretende criar uma comissão para definir diretrizes básicas do curso de jornalismo.

Segundo o ministro, Fernando Haddad, o objetivo é assegurar a qualidade da formação dos jornalistas, profissão considerada por ele como central para o sistema democrático.
Hilário! Para não dizer trágico...

A educação, como um todo, é uma verdadeira baderna no Brasil. Ninguém se preocupa com ela. Se os políticos desse país fossem sérios, eles dariam especial atenção a esta pasta há muito tempo. No entanto, o que se constata, ano após ano, é o completo descaso.

Obviamente, o curso de jornalismo precisa de reforma. Um exemplo? A internet chegou firme para o mercado e as faculdades apresentam deficiência no tratamento a essa matéria.

Porém, o curso superior de formação de jornalistas é muito melhor do que de várias outras profissões.

Ao que parece, estão querendo cercear os profissionais de mídia.

Seria perseguição?

sábado, 18 de outubro de 2008

Lindemberg, a mais nova “estrela midiática”


Tema de trabalhos e de reflexões nas aulas de Pós do Prof. Dimas, a espetacularização na mídia ganhou mais um capítulo nesta semana, em São Paulo.

Por não aceitar o fim do relacionamento com Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, Lindemberg Alves, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada, em Santo André, no ABC paulista, segunda-feira (13/10). Iniciou um seqüestro que teve seu desfecho na sexta-feira (17/10), com um final trágico: Eloá, baleada na cabeça e na virilha, está internada em coma irreversível. Sua amiga, Nayara Rodrigues da Silva, de 15 anos, recupera-se de cirurgia após receber um tiro no rosto. A Polícia prendeu Lindemberg.

Algumas coberturas provocaram polêmica. O espaço dado pela Rede TV!, Record e Globo para o seqüestrador foi encarado como irresponsável e antiético, além de ter prejudicado a negociação.

O professor da pós-graduação em Jornalismo da ECA-USP e da Cásper Líbero, Laurindo Leal Filho, diz que a Rede TV! deveria ser punida por intervenção ilegal ao transmitir entrevista ao vivo com Lindemberg. “A emissora poderia ter sua concessão cassada”, disse o professor. “Na hora do crime, não se entrevista um criminoso. Ali, a intervenção deveria ser do Estado, da Polícia. As emissoras fizeram uma intervenção indevida”, afirmou.

Para Carlos Alberto Di Franco, professor e colunista do jornal O Estado de S.Paulo, o espaço dado pela mídia pode ter levado o seqüestrador a tomar atitudes dramáticas. Segundo ele, o “espetáculo” que o jornalismo televisivo promove, “com destaque para a TV Record”, poderia influenciar os “sentimentos” e as “ações” do jovem.

“Tudo isso vai dando a ele (Lindemberg) uma sensação de protagonismo, de importância, que transforma um ser humano que está em contravenção penal em uma estrela midiática”, avaliou Di Franco.

A reportagem do Comunique-se apurou que para a Polícia Militar as entrevistas com o seqüestrador atrapalharam as negociações. A assessoria de imprensa da PM disse que não autorizou ninguém a falar com Lindemberg.

Na tarde de quarta (15/10), a Rede TV! transmitiu entrevista ao vivo com o jovem, no programa A tarde é Sua. A emissora não quis comentar o fato.

A Globo transmitiu a entrevista no Jornal Hoje. A emissora e a TV Cultura não responderam à reportagem do Comunique-se.

A Record veiculou a entrevista com Lindemberg ao vivo no SP Record. Segundo a assessoria de imprensa, a emissora teria ouvido o jovem com autorização da PM.

Um capitão do Exército afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo: “Para esse tipo de ocorrência existem pessoas treinadas, especializadas. Às vezes, uma palavra errada da apresentadora coloca tudo a perder.”

A Bandeirantes afirmou que não veiculou nenhuma entrevista com o jovem.

O SBT informou que o advogado do rapaz entrou em contato com a emissora para oferecer a entrevista. O SBT não aceitou. “Nosso jornalismo resolveu não entrevistá-lo, não fazer sensacionalismo com a situação”, disse.

domingo, 12 de outubro de 2008

A nova Língua Portuguesa vem aí...


Depois de muitas conversas, negociações, agora é oficial: a partir de 1º de janeiro de 2009, a Língua Portuguesa praticada no Brasil será a mesma de outros países da comunidade lusitana. A reforma ortográfica será implementada com o objetivo de promover a simplificação e o aprimoramento da língua.

Durante um período de quatro anos (até 2012), estarão integradas as ortografias anteriores e a prevista no acordo. Com a medida, a língua portuguesa será alterada em 0,8% dos vocábulos no Brasil e 1,3% em Portugal.

“É o reencontro do Brasil com suas raízes mais profundas. Como avançar sem fortalecer a língua, como produzir bens culturais e didáticos sem uniformidade?”, discorreu o presidente Lula ao promulgar, segunda-feira (29/09), na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, o protocolo de modificação e regulação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Entre as principais mudanças, no Brasil estão o aumento do alfabeto para 26 letras, agora com a inclusão oficial de “K”, “W” e “Y”. O acento circunflexo não se usará mais em palavras terminadas em “êem” e “ôo(s)”. O trema será extinto.

Em Portugal, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Guiné Bissau, Moçambique e Timor Leste a grafia de algumas palavras será modificadas. As letras “C” e “P”, quando não pronunciadas, deixarão de existir em palavras, por exemplo, como “director” e “baptizar” (serão “diretor” e “batizar”, como no Brasil). A letra “H” deixará de ser utilizada no início de algumas palavras: “herva” e “húmido” e passarão a ser escritas como no Brasil – “erva” e “úmido”.

A nova regra passa a valer só no primeiro dia do próximo ano, mas o Portal iG sai na frente. Desde domingo (07/09), utiliza a nova ortografia identificada por uma marca visível sempre no alto da página. Além disso, um guia especial detalha e explica as mudanças na comunicação escrita dentro dos países falantes da língua portuguesa.

CLIQUE AQUI e confira a Especial produzida pelo Portal iG.

sábado, 4 de outubro de 2008

Diploma de jornalista: dias contados?


O que você acha de alguém que não tenha nem o Ensino Fundamental esteja no quadro de funcionários de uma redação exercendo a função de jornalista?

Revoltante? Pois é... Isso é o que pode acontecer caso o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o Recurso Extraordinário e acabe com a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

A polêmica se arrasta há muito tempo e está com seus dias decisivos. O julgamento deve acontecer ainda nesses últimos meses de 2008.

O direito à informação independente e plural é uma das mais expressivas conquistas da democracia brasileira e não pode ir parar na lata de lixo.

A FENAJ encomendou à Sensus uma pesquisa nacional sobre o tema e obteve uma resposta alentadora: de dois mil entrevistados, 74,3% responderam a favor do certificado.

A pesquisa foi realizada entre 15 e 19 de setembro, em 24 estados das cinco regiões brasileiras, com sorteio aleatório de 136 municípios pelo método da Probabilidade Proporcional ao Tamanho (PPT). A margem de erro é de cerca de 3%.

Apenas 13,9% dos entrevistados se mostraram contra o título profissional e 11,7% não souberam ou não responderam.

Para Sergio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), “esses números da pesquisa mostram que a população brasileira tem a real dimensão da importância do jornalismo para o país e que quer receber informações de qualidade, apuradas por jornalistas formados”.

Sérgio Murillo e uma grande parte da sociedade, dos mais diversos segmentos da sociedade, esperam que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que votarão a exigência do diploma, reconheçam os desejos da população e entendam que “o jornalismo precisa ser feito por profissionais com formação teórica, técnica e ética e que o jornalismo independente e plural é condição indispensável para a verdadeira democracia”.

A FENAJ disponibiliza em sua página na Internet o link para quem está disposto a assinar a lista: EU APÓIO A REGULAMENTAÇÃO